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Autor Tópico: Ciências e Tecnologia  (Lida 24771 vezes)

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ecarmo

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Ciências e Tecnologia
« Online: 28/12/10 - 19:11 »
Energia - Biocombustíveis de celulose vencem mais um obstáculo
Fonte - Agência Fapesp - 28/12/2010

Um grupo internacional de cientistas anunciou ter conseguido obter geneticamente uma nova linhagem de levedura que se mostrou capaz de produzir etanol a partir do uso de mais tipos de açúcares de plantas.

Para produzir comercialmente combustíveis como o etanol, que no Brasil é derivado da cana-de-açúcar, microrganismos devem ser capazes de fermentar sacarídeos encontrados em vegetais, como glicose, xilose ou celobiose.

O problema é que a maioria dos micróbios não consegue converter todos esses açúcares em combustível que possa ser produzido em escala.

Engenharia genética

No novo estudo, a equipe de Yong-Su Jin, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, expandiu a capacidade natural da levedura Saccharomyces cerevisiae de fermentar glicose ao modificar geneticamente o fungo - que também é usado na produção de pão e cerveja - para que se tornasse capaz de transportar proteínas de outro tipo de levedura, a Pichia stipitis.

A equipe resolveu os problemas associadas com o metabolismo da xilose inserindo três genes da Picchia stipitis na S. cerevisiae.



Embora as duas leveduras sejam da mesma família, apenas a Pichia stipitis é capaz de fermentar a xilose, açúcar derivado de madeiras e associado à celulose.

Produtividade do etanol

A linhagem de levedura resultante se mostrou capaz de fermentar os três açúcares - glicose, xilose e celobiose - e, segundo a pesquisa, com a produção de muito mais etanol do que as linhagens naturais.

A levedura modificada também superou um problema de linhagens obtidas em pesquisas anteriores, que fermentavam açúcares pobremente mesmo na presença de glicose abundante.

Segundo os autores da nova pesquisa, os resultados deverão ajudar no desenvolvimento de biocombustíveis avançados feitos a partir de matéria orgânica.

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Ciências e Tecnologia
« Online: 28/12/10 - 19:11 »

ecarmo

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #1 Online: 28/12/10 - 19:13 »
Máquina quântica é escolhida a descoberta do ano pela Science
Fonte - Inovação Tecnológica - 17/12/2010


Esta máquina quântica aparentemente simples abre o caminho para que se discuta os limites da mecânica quântica e até mesmo o nosso próprio sentido do que é a realidade.



Clássico e quântico

Até o ano de 2010, todos os objetos construídos pelo homem moviam-se seguindo as leis da mecânica clássica.

No início deste ano, porém, um grupo de cientistas criou a primeira máquina quântica, um dispositivo visível a olho nu que se move de uma forma que só pode ser descrita pela mecânica quântica, segundo as leis que regem o comportamento das coisas muito pequenas, como moléculas, átomos e partículas subatômicas.

O Site Inovação Tecnológica anunciou o feito, na reportagem Mecânica quântica aplica-se ao movimento de objetos macroscópicos, destacando então que se tratava de um experimento histórico.

Agora, a revista Science decidiu eleger a criação dessa primeira máquina quântica como sendo o avanço científico mais significativo do ano de 2010 - a propósito, o artigo que descreveu a descoberta foi publicado na revista Nature.

Máquina quântica

A máquina quântica tem uma aparência muito simples: uma pequena haste metálica, semelhante à extremidade de um estilete, fixada de modo a vibrar no interior de um sulco escavado em um material semicondutor - tecnicamente trata-se de um ressonador mecânico.

Com a máquina quântica pronta, os cientistas resfriaram-na até que ela atingisse seu estado fundamental de energia, que é o estado de menor energia permitida pelas leis da mecânica quântica - de resto um objetivo longamente perseguido pelos físicos.

Em seguida, os cientistas injetaram na máquina quântica um único quantum de energia, um fónon, a menor unidade física de vibração mecânica, provocando-lhe o menor grau de excitação possível.

Então verificaram aquilo que era previsto pela mecânica quântica: a máquina quântica, visível a olho nu, vibrava muito e vibrava pouco ao mesmo tempo, um fenômeno absolutamente bizarro, que só pode ser explicado pela mecânica quântica (veja o artigo indicado acima para mais detalhes).

Sentido da realidade

A máquina quântica prova que os princípios da mecânica quântica podem ser aplicados ao movimento de objetos macroscópicos, assim como às partículas atômicas e subatômicas. Ela fornece o primeiro passo fundamental rumo à obtenção de um controle completo sobre as vibrações de um objeto no nível quântico.

Tal controle sobre o movimento de um dispositivo deverá permitir aos cientistas manipularem esses movimentos minúsculos, de forma parecida com o que eles fazem hoje ao manipular as correntes elétricas e as partículas de luz.

Por sua vez, essa capacidade poderá permitir a criação de novos dispositivos para controlar os estados quânticos da luz, detectores de força ultrassensíveis e, em última instância, abrirá o caminho para que se discuta os limites da mecânica quântica e até mesmo o nosso próprio sentido do que é a realidade.

Por exemplo, a mecânica quântica permite que uma partícula esteja em dois lugares ao mesmo tempo. Um experimento assim poderia nos dizer porque algo grande como um ser humano não pode conseguir o mesmo feito - ou poderia?

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #1 Online: 28/12/10 - 19:13 »

ecarmo

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #2 Online: 28/12/10 - 19:15 »
Nanomotor molecular dispensa ferramentas para ser construído
Fonte - Inovação Tecnológica - 13/12/2010


Mas como pode um rotor girar dentro de uma célula hexagonal?



Rotor molecular

Moléculas que se auto-organizam para formar peças para nanomáquinas funcionais ainda são um sonho distante.

Mas um sonho que vale a pena ser perseguido, a julgar pelo recente trabalho de uma equipe da Universidade de Munique, na Alemanha.

O professor Johannes Barth e seus colegas capturaram moléculas em formato de bastão em uma rede bidimensional de tal maneira que elas se organizaram para formar pequenos rotores.

Os nanorrotores giram em suas caixas em formato de favos de mel, formando nanomotores moleculares.

Reticulado

Primeiro, os físicos construíram uma extensa nano rede fazendo reagir átomos de cobalto com as moléculas cilíndricas de sexifenil-dicarbonitrilo, sobre uma superfície de prata.

A reação criou um reticulado em formato de colmeia, com extrema regularidade e uma estabilidade surpreendente. A nano rede é estruturalmente similar ao grafeno, possuindo apenas um átomo de espessura.

Quando os pesquisadores adicionaram outros blocos de construção moleculares, as hastes se reuniram espontaneamente.

Para fazer o motor molecular girar foi uma questão de elevar a temperatura.

O arranjo em três pás que as moléculas assumiram é tão energeticamente vantajoso que elas mantêm a estrutura mesmo quando a energia termal é suficiente para fazê-las girar.

Comutação óptica ou eletrônica

Mas como pode um rotor girar dentro de uma célula hexagonal?

Na realidade, a observação no microscópio eletrônico revelou que há duas posições diferentes para os rotores que resultam das interações entre os átomos de nitrogênio em sua extremidade e os átomos de hidrogênio nas paredes da célula. É a alternância entre esses modos que resulta no movimento.

Além disso, as três moléculas se reorganizam em uma sequência horária ou anti-horária. Os cientistas conseguiram determinar com precisão as transições de temperatura que fazem o rotor "mudar de posição" num ou noutro sentido.

"Nós esperamos no futuro poder estender estes modelos mecânicos simples para fazer comutação óptica ou eletrônica," afirmou o professor Barth. "Nós podemos definir um tamanho específico para as células, nós podemos adicionar outras moléculas e estudar sua interação com a superfície e com a parede celular. Estas estruturas auto-organizáveis têm um enorme potencial."

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #2 Online: 28/12/10 - 19:15 »

ecarmo

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #3 Online: 28/12/10 - 19:24 »
Cicatrização sem cicatriz
Fonte - Diario da saúde

Cientistas conseguem bloquear a ação de fragmentos de ácido que promovem a inflamação e a formação de cicatrizes e de pele mais frágil após ferimentos.



Uma novidade anunciada neste domingo (12/12) na 50ª Reunião Anual da American Society for Cell Biology, na Filadélfia, Estados Unidos, poderá resultar em alternativas para tratar ferimentos graves sem a formação de cicatrizes.

O ácido hialurônico é uma substância presente no organismo de todos os animais que preenche os espaços entre as células.

Com o avanço da idade, o ácido hialurônico diminui, reduzindo também a hidratação e elasticidade da pele, o que contribui para o surgimento de rugas.

Ácido hialurônico

O grupo de Cornelia Tölg, do London Regional Cancer Program, em Ontário, no Canadá, conseguiu bloquear fragmentos de ácido hialurônico que disparam a inflamação.

O bloqueio, feito em ratos com um minúsculo peptídio chamado 15-1, promoveu a cura de ferimentos profundos com a minimização de cicatrizes e a formação de um tecido cutâneo mais forte no lugar afetado.

A equipe, que contou com pesquisadores dos Estados Unidos, identificou no peptídio (molécula composta de dois ou mais aminoácidos) denominado 15-1 a capacidade de bloquear receptores moleculares em células da pele que reagem a fragmentos do ácido hialurônico ao estabelecer um caminho celular para a inflamação.

Nos testes feitos em laboratório, uma única dose do peptídio reduziu a contração do ferimento, os depósitos de colágeno, a inflamação e o crescimento de vasos sanguíneos novos e indesejados. Apesar de o estudo ter sido feito em animais, os cientistas afirmam que os resultados obtidos podem ser extrapolados para eventual aplicação em humanos.

Regeneração de tecidos

Até o fim da década de 1970, o ácido hialurônico era considerado apenas uma espécie de goma inerte que preenchia a matriz extracelular, mas desde então estudos têm mostrado seu importante envolvimento em uma ampla variedade de processos biológicos, do desenvolvimento embrionário do coração a metástases de tumores, passando pelo reparo de ferimentos.

A relação entre níveis de ácido hialurônico e a regeneração de tecidos é paradoxal, segundo os autores do estudo. Os níveis desse ácido são extremamente elevados em embriões e em recém-nascidos, que são capazes de se recuperar rapidamente de cirurgias sem a formação de cicatrizes.

Mas, durante a vida adulta, os níveis de ácido hialurônico intactos caem enquanto aumenta a proporção de moléculas quebradas da substância. Por conta disso, enquanto o ácido intacto promove uma recuperação forte - no caso de ferimentos - os fragmentos atuam junto a receptores que disparam a inflamação que resulta na formação de cicatrizes e de pele mais frágil.
« Última modificação: 28/12/10 - 19:24 por ecarmo »

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #3 Online: 28/12/10 - 19:24 »

ecarmo

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Re: Ciências e Tecnologia - Parafusos inteligentes
« Resposta #4 Online: 04/01/11 - 19:35 »
Parafusos inteligentes.



Uma tecnologia desenvolvida para a Estação Espacial Internacional e para os robôs que estão explorando Marte agora vai ajudar a produzir automóveis mais seguros e mais leves.

Para fabricar qualquer coisa é preciso juntar peças. E quando não é possível soldar essas peças, então provavelmente haverá um parafuso e, um engenheiro tentando descobrir o quão apertado ele deve estar - aperte-o demais e as peças podem ser danificadas; deixe-o muito solto e as peças vão se mexer e desgastar.

Agora, usando uma tecnologia de sensores desenvolvida para a Estação Espacial Internacional, a empresa alemã Intellifast criou um parafuso com um sensor interno que mede o estresse ao qual ele está sujeito, incluindo o torque preciso com que ele é apertado.

A arte de apertar os parafusos

Tradicionalmente usa-se uma ferramenta chamada torquímetro para apertar os parafusos com a força precisa necessária a cada aplicação.

O ultrassom também tem sido utilizado, disparando ondas sonoras na direção dos parafusos depois que eles estão colocados. Os sinais refletidos revelam o quanto eles são tensionados.

A grande desvantagem desse método é que, como no caso do ultrassom feito para ver o bebê na barriga da mãe, o exame exige o uso de um líquido.

Mas depender de um técnico para aplicar o líquido de forma adequada e segurar o sensor corretamente não é o suficiente para muitas aplicações. "Se você medir cinco vezes com o mesmo técnico, você terá cinco leituras diferentes", explica Frank Scheuch, que está desenvolvendo os "parafusos inteligentes".

Adicione a isso a dificuldade de acessar parafusos dentro da turbina de um avião ou nas turbinas de vento instaladas longe da costa - e checar o desgaste desses equipamentos é uma exigência rotineira de segurança.

Parafuso com sensor

A solução para modernizar os parafusos veio na forma de um pequeno sensor ultrassônico que é incorporado em sua cabeça.

O medidor que lê o dado do sensor pode ser incorporado na própria ferramenta usada para apertá-lo, permitindo que a tensão à qual o parafuso é submetido possa ser lida em tempo real enquanto o operário o aperta, ou em um outro medidor, usado apenas para aferir as condições dos parafusos em equipamentos já em operação.

Segundo Scheuch, apertar um parafuso na medida exata possibilita uma economia de até 30% no material gasto para fabricá-lo - sem a precisão, a tendência é fazer parafusos maiores e mais pesados do que o estritamente necessário.

"Ao medir com precisão a carga de um parafuso ele pode ser mais leve e ainda estar dentro de uma margem segura de erro - de 3%," garante ele.

O engenheiro, cuja empresa trabalha no ramo de autopeças, acredita que o uso dos novos parafusos permitirá uma redução significativa no peso de todo o chamado powertrain, o conjunto formado por motor e transmissão dos automóveis.

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Re: Ciências e Tecnologia - Parafusos inteligentes
« Resposta #4 Online: 04/01/11 - 19:35 »

ecarmo

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #5 Online: 16/01/11 - 19:28 »
Astronomia.
(Astronomy Picture of the Day)



O aglomerado globular 47 Tucanae é uma jóia do céu. Também conhecida como NGC 104, ele percorre o halo da Via Láctea juntamente com cerca de 200 outros aglomerados globulares. Esse é o segundo aglomerado globular mais brilhante (depois de Omega Centauri ), visto da Terra, fica a cerca de 13.000 anos-luz de distância e pode ser visto a olho nu perto da Pequena Nuvem de Magalhães na constelação do Tucano.

O conjunto denso é constituído de vários milhões de estrelas em um volume de apenas 120 anos-luz de diâmetro; estrelas gigantes vermelhas nos arredores do cluster são fáceis de identificar como as estrelas amareladas neste retrato.
O aglomerado globular 47 Tucanae é também o lar de exóticos sistemas estelares binários emissores de raios-X .

« Última modificação: 16/01/11 - 19:34 por ecarmo »

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #5 Online: 16/01/11 - 19:28 »

ecarmo

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #6 Online: 16/01/11 - 19:33 »
Pessoas vivem mais, mas passam mais anos doentes
Redação: Diário da Saúde

Expectativa pouco saudável.

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que, apenas de estarem vivendo mais, as pessoas estão passando um percentual maior de suas vidas doentes.

A nova pesquisa, publicada na edição de dezembro da revista Journal of Gerontology, revela que o aumento na expectativa de vida não tem sido acompanhado por mais anos de saúde perfeita.

Na verdade, uma pessoa com 20 anos de idade hoje pode esperar adoecer um ano a mais ao longo de sua vida do que uma pessoa com 20 anos de idade uma década atrás - mesmo com o aumento da expectativa de vida.

Segundo a pesquisa, não se trata apenas de viver mais anos doente em função de uma vida mais longa: o número médio de anos saudáveis vem diminuindo desde 1998. Mesmo vivendo mais tempo, contamos com um número menor de anos saudáveis no total.

Morbidade

De 1970 a 2005, a probabilidade de uma pessoa com 65 anos chegar aos 85 anos duplicou, passando de aproximadamente 20 por cento para 40 por cento de chance.

Muitos pesquisadores têm presumido que as mesmas forças que permitem às pessoas viverem mais tempo, incluindo os comportamentos mais saudáveis e os avanços da medicina, também retardariam o aparecimento de doenças e permitiriam que as pessoas passassem menos anos de suas vidas com doenças debilitantes.

Mas Eileen Crimmins e Beltrán Hiram-Sánchez, da Universidade do Sul da Califórnia, mostraram que não é bem assim.

Sua pesquisa revelou que a morbidade média - o período de vida gasto com doenças graves ou com a perda da mobilidade funcional - tem realmente aumentado nas últimas décadas.

Ilusão

"Nós temos assumido que cada geração será mais saudável e viverá mais do que a anterior", explica Crimmins. "No entanto, a compressão da morbidade pode ser tão ilusória quanto a imortalidade."

"Há provas substanciais de que nós temos feito muito pouco até agora para eliminar ou retardar as doenças; o que temos feito é evitar a morte pelas doenças," explicou Crimmins.

"O aumento da prevalência das doenças pode, em certa medida, refletir melhorias nos diagnósticos, mas o que isto reflete mais claramente é um aumento da sobrevida de pessoas com doenças," conclui o pesquisador.

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #6 Online: 16/01/11 - 19:33 »

ecarmo

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #7 Online: 17/01/11 - 11:49 »
Europa vai construir vela solar-elétrica
Por: Redação Inovação Tecnológica


A vela solar-elétrica é composta por longos fios metálicos, lembrando um guarda-chuvas sem o tecido. Esses fios são mantidos energizados por um canhão de elétrons.



 
Vela sem pano

Em 2008, o cientista finlandês Pekka Janhunen apresentou um conceito inovador, que vai além das velas solares.

Janhunen idealizou uma vela solar-elétrica, um conceito inovador de propulsão que usa um canhão de elétrons para aproveitar o vento solar.

Agora, ele finalmente recebeu apoio para testar seu conceito: a União Europeia vai investir €1,7 milhão para construir o primeiro protótipo da vela solar-elétrica.

Ao contrário das velas solares, que possuem um fino tecido reflexivo para receber o impacto do vento solar, a vela solar-elétrica se parece menos com uma vela tradicional por dispensar o "pano".

Ela é composta por longos fios metálicos, lembrando um guarda-chuvas sem o tecido. Esses fios são mantidos energizados por um pequeno canhão de elétrons, a bordo da espaçonave.

É a interação entre esses fios energizados e o vento solar que gera o empuxo para empurrar a espaçonave - o potencial dos fios repele os prótons do vento solar, ganhando impulso a partir desse choque.

Mineração espacial

Segundo os cálculos dos pesquisadores, uma vela solar-elétrica de apenas 100 quilogramas pode produzir um newton de empuxo contínuo.

Em determinadas situações, o desempenho da vela elétrica é de 100 a 1.000 vezes maior do que os foguetes químicos atuais e os motores iônicos.

Os cientistas afirmam que ela pode se tornar a melhor opção para que o homem comece a fazer mineração espacial, retirando recursos minerais de asteroides.

O projeto ESAIL deverá durar três anos e prevê testar o conceito da vela solar-elétrica nos satélites ESTCube-1, da Estônia, e Aalto-1, da Finlândia.

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #7 Online: 17/01/11 - 11:49 »

ecarmo

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #8 Online: 29/01/11 - 12:41 »
Nem tudo São flores.

A 25 anos ocorreu o desastre da Challenger. Naquele dia eu estava assistindo o lançamento ao vivo pela TV quando a terrível explosão ocorreu e matou todos os sete tripulantes.


Há 25 anos, no dia 28 de janeiro de 1986, acontecia o primeiro acidente fatal em voo de uma missão tripulada do programa espacial dos Estados Unidos. Um defeito nos tanques de combustível da Challenger causou a explosão da nave, matando os sete tripulantes. O STS-51-L foi o 25º voo do programa do ônibus espacial dos EUA, realizado com a Challenger. O lançamento, marcado para o dia 28 de janeiro de 1986 depois de vários adiamentos, atraiu a atenção de todo o mundo devido à presença da professora Christa McAuliffe. Os outros tripulantes eram Michael Smith, Dick Scobee, Judith Resnik, Ronald McNair, Ellison Onizuka e Gregory Jarvin.
Seria o primeiro voo de um civil a bordo de um ônibus espacial na missão, que tinha como um dos objetivos lançar o satélite TDRS-2, assim como aulas do "Projeto Professor no Espaço" (Teacher in Space, em inglês). O lançamento também foi o primeiro de um ônibus espacial no Complexo de Lançamento 39-B (LC-39B ou Launch Complex 39-B, em inglês), as outras missões foram lançadas no LC-39A. Pouco mais de um minuto após a decolagem, a nave explodiu em pleno voo, matando todos os sete tripulantes. Uma semana após a tragédia, Ronald Reagan, então presidente dos Estados Unidos, realizou um comovente discurso no Salão Oval da Casa Branca.
Homenagens
O 25º aniversário da tragédia foi marcado por diversas cerimônias nesta sexta-feira, dia 28, nos Estados Unidos. Por conta da ocasião, a Nasa realiza diversos atos pelo país. O principal deles será no próprio Centro Espacial Kennedy, de onde partiu a nave.
O presidente dos EUA, Barack Obama, escreveu uma mensagem oficial no site da agência espacial americana (Nasa). "Ao longo da história, temos visto que a obtenção de grandes coisas às vezes tem um grande custo e lamentamos a morte dos bravos astronautas que fizeram um último sacrifício no apoio a missões da Nasa ao longo da história", disse.
Já o administrador da agência, Charles F. Bolden, relembrou a tragédia de uma forma construtiva. "Este ano marca o 25 º aniversário da perda do Challenger - uma tragédia que nos levou a repensar completamente os nossos sistemas e processos, para que possamos tornar as naves mais seguras".

fonte : Terra
« Última modificação: 29/01/11 - 12:42 por ecarmo ECM »

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #8 Online: 29/01/11 - 12:41 »

ecarmo

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #9 Online: 29/01/11 - 12:50 »
Nasa homenageia astronautas que morreram em missões espaciais.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=_10T4UYpzV8[/youtube]

Todo mês de janeiro, a Nasa homenageia as equipes de astronautas morreram nas missões da nave Apolo 1 e dos ônibus espaciais Challenger e Columbia, além de todos aqueles que deram suas vidas pela exploração do Universo.



O administrador da agência Charles Bolden participou nesta quinta-feira, 27, da cerimônia do Dia Nacional da Recordação com a colocação de coroas de flores no Cemitério Nacional de Arlington, no Estado americano da Virgínia.

O diretor do Centro Espacial Kennedy e o ex-astronauta Bob Cabana estiveram presentes em outra solenidade na Flórida, aberta à imprensa e ao público em geral. No Centro Espacial Johnson, em Houston, Texas, o diretor Michael Coats acompanhou membros das famílias dos astronautas na colocação de uma coroa de flores no Memorial Tree Grove.

Nesta sexta-feira, 28, completam-se 25 anos do acidente do Challenger. Astronautas da Fundação Memorial realizarão uma homenagem aos membros da tripulação no Centro Espacial Kennedy. A Nasa Television fará cobertura ao vivo do evento.

Na viagem do Challenger estavam o comandante Scobee, o piloto Michael Smith, os especialistas em missão Judith Resnik, Ellison Onizuka e E. Ronald McNair, e os especialistas em carga Gregory Jarvis e Christa Sharon.

A Fundação Memorial de Astronautas, organização privada sem fins lucrativos, construiu o memorial em 1991 e o mantém para honrar todos os astronautas que perderam suas vidas em missões ou durante os treinos. Já foi encaminhado ao Congresso dos EUA um pedido de construção de um monumento nacional.

Fonte: Estadão

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #9 Online: 29/01/11 - 12:50 »

ecarmo

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #10 Online: 15/02/11 - 12:28 »
O primeiro protótipo de TV holográfica - A nova fronteira do 3D.

Voce nao tem permissao p/ ver este link. Registre-se ou faca Login

Um protótipo de televisor já é capaz de gerar hologramas monocromáticos e coloridos, com a vantagem de não forçar os olhos do espectador.

Desvantagens das TVs 3D

Especialistas afirmam que as telas atuais com imagens tridimensionais forçam os nossos olhos a trabalhar de forma antinatural.

No mundo real, quando se observa um objeto, os olhos focalizam e convergem para um mesmo ponto.

Mas quando se vê imagens 3D, embora os olhos focalizem objetos que supostamente estariam na frente ou atrás da tela, na realidade, eles continuam convergindo sobre a tela.

Por isso, críticos dizem que assistir a muitas horas de TV tridimensional ou a imagens em que a profundidade do 3D é grande demais, pode forçar os olhos e provocar dores de cabeça.

Tanto assim que muitos fabricantes de equipamentos 3D recomendam que crianças jovens sequer assistam televisão 3D e alertam sobre os riscos dos videogames 3D.

TVs com hologramas

Os hologramas podem se transformar na alternativa mais saudável.

No atual protótipo, as imagens ainda são tremidas e tênues, e isso no modo monocromático. Colorido é pior ainda.

Por outro lado, a tecnologia é capaz de reproduzir tanto imagens de computador quanto filmes feitos em 3D.

O princípio é o mesmo usado em fotos holográficas, que surgiram nas últimas décadas.

As imagens são armazenadas em filme ou neste caso, reproduzidas na tela, através de uma complexa rede de interferências que só formam uma imagem quando vistas do ângulo correto e sob a iluminação perfeita.

Para cada objeto na cena, fachos de luz são projetados da tela para convergirem no ponto em que o objeto realmente estaria.

Isso significa que os olhos podem convergir para e focalizar o mesmo ponto.

E é isso que os olhos fazem na vida real, diferentemente do que acontece na atual tecnologia 3D.

Infelizmente, a imagem anterior em frente ao repórter era uma simulação de como ela podia ser vista do ponto de vista do repórter.

Rastreador de olhos

O problema é que para que as imagens possam ser vistas de vários ângulos, a TV precisaria produzir muito mais fachos de luz e interferências, o que necessitaria de uma quantidade enorme de informações.

O atual protótipo driblou esta limitação com um sistema que identifica os olhos do espectador para dessa forma projetar a luz no ponto ideal.

Atualmente, o máximo que o sistema pode fazer é acompanhar os movimentos de 4 pares de olhos de uma só vez, criando os respectivos hologramas.

A expectativa é que a tecnologia avance a ponto de os primeiros televisores holográficos chegarem ao mercado no fim do ano que vem. Recentemente, a IBM afirmou que espera que isso aconteça dentro de cinco anos.

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #10 Online: 15/02/11 - 12:28 »

ecarmo

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #11 Online: 18/02/11 - 10:45 »
Brasil prepara lançamento foguete em parceria com Ucrânia
Por: Paula Adamo Idoeta e Vadym Ryzhkov - BBC - 18/02/2011


Este é um foguete não muito grande nem muito caro, e a família Cyclone, existente desde 1969, tem um histórico de poucas falhas.
 
O Brasil prepara, para 2012, um feito inédito em seu programa espacial: pela primeira vez, irá colocar no espaço, a partir do seu próprio solo, um foguete com um satélite a bordo.

Trata-se do Cyclone-4, foguete de fabricação ucraniana que deverá ser lançado no ano que vem da base de Alcântara (MA), em uma parceria que começou a ser orquestrada em 2003.

Pelo acordo, o Brasil entra com a base, e a Ucrânia, com a tecnologia do foguete.

Acordo Espacial Brasil-Ucrânia coloca o Brasil em nova órbita no Status espacial

Um lançamento bem-sucedido pode elevar o status dos dois países no cenário espacial global. No entanto, um dos dilemas do programa é quanto ao uso que o Brasil poderá dar ao Cyclone-4.

Alguns especialistas ouvidos pela BBC Brasil consideram "altamente questionável" sua viabilidade comercial.

Uma questão-chave é a capacidade limitada de carga do Cyclone-4: para a chamada órbita geoestacionária, em que o satélite fica a 36 mil km de altitude e parado em relação a um ponto na superfície da Terra, o foguete só consegue levar uma carga de 1,6 mil quilos, o que é considerado insuficiente para muitos satélites de comunicação.

"O programa foi inicialmente proposto como uma empreitada de cunho comercial, e que deveria se sustentar com a venda dos serviços de lançamentos de satélites. Mas sua evolução não corrobora essa hipótese", disse José Nivaldo Hinckel, coordenador do departamento de mecânica espacial do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Fontes ligadas à ACS (Alcântara Cyclone Space), a empresa binacional criada pela parceria Brasil-Ucrânia, admitem que será necessário encontrar um "nicho de mercado" para o Cyclone-4, já que muitos satélites públicos e privados não cabem no foguete.

Mas a empresa diz que já está participando de concorrências internacionais e que negocia qual satélite participará do lançamento inicial do foguete.


Embora o lançamento seja feito do Brasil, não há acordo de transferência de tecnologia do foguete.

Autonomia brasileira

Para Carlos Ganem, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), o programa com a Ucrânia "inaugura um tempo novo" para o Brasil e permitirá que o país usufrua de sua vantagem geográfica.

Como Alcântara fica próxima à linha do Equador, lançamentos feitos ali permitem o uso eficiente do movimento de rotação da Terra, gastando 30% a menos de combustível no envio de foguetes ao espaço.

Além de serem considerados importantes pelo uso em telecomunicações, os satélites são muito usados para coletar informações sobre clima, navegação, ocupação de solo e monitoramento da região amazônica.

"São essenciais para que o Brasil exerça sua autonomia", opinou Ganem, dizendo que o país ambiciona ter satélites feitos em parceria com Argentina e África do Sul, que possam ser lançados de Alcântara.

Para Hinckel, do INPE, porém, "é difícil justificar um programa espacial autônomo (como o do Cyclone) sem que o segmento de comunicações geoestacionárias seja contemplado".

Fernando Catalano, professor de engenharia aeronáutica da USP de São Carlos, disse achar importante o desenvolvimento proporcionado à base de Alcântara, mas considera improvável que o lançador traga lucros de curto prazo para o Brasil ou que elimine a dependência do país para lançamentos de satélites.


A versão 4 do Cyclone terá alta precisão e um aumento de 30% na capacidade de carregar combustível.
Foguete confiável e barato

Do lado brasileiro, a ACS diz que está preparando a parte estrutural de Alcântara para o lançamento do Cyclone-4.

Já do lado da Ucrânia, 16 empresas estão contribuindo para a construção do foguete, na cidade de Dnipropetrovsk (centro-leste do país). Segundo os projetistas, essa versão do Cyclone terá alta precisão e um aumento de 30% na capacidade de carregar combustível. O artefato terá vida útil estimada de entre 15 e 20 anos.

Para Ganem, trata-se de "um lançador confiável, da escola soviética".

Para Catalano, é um foguete não muito grande nem muito caro, e a família Cyclone, existente desde 1969, tem um histórico bem-sucedido (em 226 testes de lançamento, houve apenas seis falhas).

Segundo a ACS, outro ponto importante é que não haverá contato humano com o foguete na base. Isso impediria a repetição do ocorrido em 2003, quando uma explosão no VLS (Veículo Lançador de Satélites) resultou na morte de 21 técnicos em Alcântara.

No entanto, Hinckel cita preocupações com o combustível propelente "altamente tóxico" que será usado no lançamento. A ACS alega que não haverá manuseio do combustível - que virá da China, via navio -, apenas de seu recipiente.


Projeto da Base de Alcântara, já preparada para os lançamentos dos foguetes Cyclone.
Transferência de tecnologia

Em aparente mostra da preocupação com a viabilidade comercial do projeto, telegramas diplomáticos divulgados pelo site WikiLeaks apontaram recentemente que a Ucrânia sugeriu aos Estados Unidos que lançassem seus satélites a partir de Alcântara.

Os documentos indicam que os americanos condicionaram seu interesse pela base à não transferência de tecnologia ucraniana de foguetes ao Brasil.

O embaixador ucraniano em Brasília, Ihor Hrushko, disse à BBC Brasil (em entrevista prévia ao vazamento do WikiLeaks) que formalmente não há acordo para a transferência de tecnologia no Cyclone-4, mas sim expectativa de que a parceria bilateral continue "para que trabalhemos em conjunto em outros processos".

Ele disse que transferir tecnologia não é algo de um dia para o outro, "é um processo duradouro, de anos".

Mas ele afirmou que o Brasil é o "sócio mais importante" da Ucrânia no continente - tanto que, em 10 de janeiro, o presidente do país, Viktor Yanukovich, telefonou à presidente Dilma Rousseff para falar sobre a expectativa de criar uma "parceria estratégica" com o Brasil a partir do foguete. Os dois presidentes esperam estar presentes no lançamento do artefato.

A ACS, por sua vez, afirmou que a expectativa de transferência de tecnologia existe, mas ressaltou que não é esse o objetivo do tratado binacional.

Ainda que o intercâmbio tecnológico seja considerado importante para os especialistas consultados pela BBC Brasil, alguns destacam que a não transferência acabou estimulando o desenvolvimento de tecnologias brasileiras.

É o caso do satélite CBERS-3, que será lançado na China em outubro, com o objetivo de monitoramento ambiental e controle da Amazônia: suas câmeras foram produzidas em São Carlos (SP), com tecnologia nacional da empresa Opto.

Clube CNC Brasil

Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #11 Online: 18/02/11 - 10:45 »

ecarmo

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #12 Online: 18/02/11 - 10:56 »
Exploração na caverna dos cristais gigantes

Existem alguns lugares na Terra que apresentam características tão severas que sua exploração exige cuidados tão grandes quanto os passeios espaciais. Alguns locais a sensação térmica ultrapassa 100 graus Celsius; um desses locais são as Cavernas dos Cristais Gigantes, exploradas apenas pelos terranautas a mais de 300 metros de profundidade.



As Cavernas se localizam próximo à cidade de Naica, no México e foram descobertas acidentalmente no ano 2000 por mineradores que trabalhavam na extração de prata da região. Em seu interior se encontram os maiores blocos de cristais existentes no mundo, alguns com mais de 11 metros de comprimento e 55 toneladas de peso.

As Cavernas se encontram a mais de 300 metros de profundidade e para chegar até lá são necessários uniformes especiais, capazes de suportar o intenso calor. Ali, a temperatura do ar e a umidade fazem a sensação térmica ultrapassar a temperatura da água em ebulição. As Cavernas dos Cristais Gigantes são um dos locais mais extremos do planeta.

Magma
O intenso calor no interior da caverna é produzido pela proximidade de uma câmara de magma incandescente localizada alguns quilômetros abaixo do local. Entrar ali sem uma proteção especial pode ser fatal em poucos minutos, o que torna obrigatório o uso de trajes similares aos dos astronautas. Mesmo com a proteção térmica, o terranautas - como são chamados os exploradores - só podem permanecer no interior da caverna por no máximo 45 minutos.



"Não estamos no espaço exterior, mas no espaço interior", disse o explorador George Kourounis, que participou da expedição às Cavernas dos Cristais Gigantes entre 3 e 6 de setembro de 2009.


Exploradores
Kourounis é um dos mais ativos exploradores científicos do mundo e seus trabalhos são amplamente veiculados em canais especializados como Discovery Channel, National Geographic, BBC, entre outros. O explorador também conhecido como "Caçador de Tempestades", por organizar expedições em busca de tornados.



"Para sobreviver nas cavernas tivemos que levar equipamento extra de refrigeração dentro de uma mochila", disse Kourounis. "Até os equipamentos eletrônicos precisaram ser aclimatados para funcionarem adequadamente. É um lugar realmente extremo, mas a beleza é incomparável", disse o explorador.

Cristais
Os cristais do interior das cavernas são formados de selenita, uma espécie de gesso cristalizado amplamente usado na fabricação do vidro ou como aditivo para solos pobres. Algumas peças cresceram ali durante meio milhão de anos, em uma solução de água quente saturada de minerais e durante todo esse tempo a temperatura da água permaneceu praticamente constante, aquecida pela câmara vulcânica abaixo das cavernas.


Créditos: George Kourounis/The Stormchaser.
Fonte: Apolo11 - Voce nao tem permissao p/ ver este link. Registre-se ou faca Loginposic=dat_20090909-095235.inc
« Última modificação: 18/02/11 - 10:57 por ecarmo ECM »

Clube CNC Brasil

Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #12 Online: 18/02/11 - 10:56 »

ecarmo

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #13 Online: 18/02/11 - 12:06 »
Manipuladores cerebrais
Microrganismos podem manipular, muito melhor que nós, o circuito cerebral
por Robert M. Sapolsky
    


Como grande parte dos cientistas, freqüento encontros profissionais, sendo um deles a reunião anual da Society of Neuroscience, organização mundial constituída pela maior parte dos pesquisadores que investigam o cérebro. É uma das experiências mais agressivas, intelectualmente falando. Imagine cerca de 28 mil de nós, cientistas ?nerds?, trancados em um único centro de convenções. Essa proximidade pode deixar qualquer um maluco depois de uma semana inteira ouvindo ? seja num restaurante, elevador ou banheiro ? discussões entusiasmadas sobre os axônios da lula.

O processo de atualização de conhecimentos científicos também não é nada fácil. A reunião apresenta uma sobrecarga enorme de informação: são 14 mil conferências e cartazes. Sem contar que, do subconjunto de cartazes de indispensável verificação, vários são inacessíveis: seja por causa da multidão entusiasmada à frente deles, por estarem num idioma que você nem mesmo reconhece ou ainda porque descrevem, inevitavelmente, cada experimento que você planejava para os próximos cinco anos. No meio disso tudo, esconde-se a compreensão compartilhada de que, apesar de zilhões de nós labutarmos como escravos sobre o assunto, ainda não sabemos nada sobre o funcionamento cerebral.

Meu próprio momento de humildade na conferência surgiu numa tarde ao me sentar nos degraus do centro de convenções. Sentia-me nocauteado por excesso de informação e ignorância generalizada. No momento em que meu olhar focou uma poça de água escura e estagnada no meio-fio, imaginei que algum microrganismo microscópico infestando o local provavelmente saberia mais sobre o cérebro que todos nós, neurocientistas, juntos.

O insight desmoralizante brotou de um ensaio extraordinário e atual sobre como certos parasitas controlam o cérebro de seus hospedeiros. A maioria de nós sabe que bactérias, protozoários e vírus têm meios incrivelmente sofisticados de usar o corpo de animais para seus próprios fins. Eles seqüestram nossas células, energia e estilo de vida para poderem prosperar.
    


Mas, sob vários aspectos, a coisa mais fascinante e diabólica que esses parasitas desenvolveram ? tema que ocupou minhas reflexões naquele dia ? é a habilidade que demonstram em mudar o comportamento de seus hospedeiros a seu favor. Alguns exemplos em livros didáticos descrevem ectoparasitas, microrganismos que colonizam a superfície do corpo. Certos acarinos, por exemplo, montam nas costas de formigas, provocando um reflexo que culmina em vômito, para daí se alimentarem. Alguns oxiúros depositam ovos na pele de um roedor. Os ovos secretam uma substância que provoca coceira, fazendo o roedor mordiscar o local. Com isso, os ovos acabam sendo ingeridos e, uma vez dentro do roedor, eclodem na maior alegria.

Nesses casos, as reações são provocadas através de um artifício que consiste em molestar o hospedeiro, fazendo com que se comporte de acordo com a conveniência do intruso. Mas alguns parasitas realmente alteram a função do próprio sistema nervoso, manipulando hormônios que afetam o comportamento do hospedeiro. Os cirrípedes (Sacculina granifera), por exemplo, um tipo de crustáceo encontrado na Austrália, grudam em caranguejos machos e secretam um hormônio feminizante, induzindo o comportamento maternal no animal. O caranguejo afetado parte para o mar com instintos femininos e cava buracos na areia ideais para desova. O macho, obviamente, não irá desovar nada. Mas os pequenos crustáceos, sim. E se infectarem um caranguejo fêmea, induzirão o mesmo comportamento ? depois de atrofiar seus ovários, uma prática conhecida como castração parasítica.

Por mais bizarros que sejam esses casos, pelo menos os organismos agem fora do cérebro. Alguns, no entanto, se introduzem nesse órgão. Trata-se de seres microscópicos, quase sempre vírus. Uma vez no cérebro, esses minúsculos parasitas permanecem relativamente protegidos de ataques imunes e iniciam sua tarefa ao desviar o maquinismo neural em proveito próprio.

O vírus da raiva é um desses parasitas. Apesar de se conhecer, há séculos, a atuação desse vírus, ninguém, que eu saiba, conseguiu enquadrá-lo de uma forma neurobiológica, como estou prestes a fazer. A raiva poderia ter se desenvolvido de várias maneiras para se locomover entre os hospedeiros. O vírus não tem de ir a nenhum local próximo do cérebro. Ele poderia ter maquinado um artifício similar ao utilizado pelos agentes que causam os resfriados ? irritar os terminais nervosos das narinas, provocando o espirro do hospedeiro, espalhando os replicantes virais para todos os lados. Ou, então, poderia ter induzido um desejo incontrolável de lamber alguém ou algum animal espalhando, assim, o vírus pela saliva. Mas, como sabemos, a raiva pode provocar agressividade em seu hospedeiro, permitindo que o vírus pule para um outro hospedeiro via saliva que entra no ferimento.
Imagine só isso. Uma quantidade enorme de neurobiologistas estuda as bases neurais da agressão: os caminhos cerebrais envolvidos, os neurotransmissores mais importantes, as interações entre os genes e o meio, a modulação pelos hormônios, e assim por diante. A agressão tem gerado conferências, teses de doutorado, brigas acadêmicas mesquinhas e direitos de posse sórdidos. Todavia, o vírus da raiva sempre ?soube? exatamente quais neurônios infestar para que alguém desenvolva a raiva. E, pelo que eu saiba, nenhum neurocientista estudou a raiva, especificamente, para compreender a neurobiologia da agressão..

Mesmo causando efeitos virais tão impressionantes, ainda há espaço para aperfeiçoamento, devido à não-especificidade do parasita. Se você é um animal portador da raiva, pode morder uma das poucas criaturas, como o coelho, onde o vírus da raiva não replica bem. Então, apesar de os efeitos comportamentais da infecção o cérebro serem bastante impressionantes, se o impacto do parasita for muito amplo, pode se auto-extinguir em um hospedeiro sem futuro.

Isso nos reporta ao caso maravilhosamente específico do controle do cérebro e ao ensaio que mencionei anteriormente, de Manuel Berdoy e colegas da University of Oxford. Berdoy e associados estudam um parasita denominado Toxoplasma gondii. Dentro de uma utopia toxoplásmica, a vida consiste em duas seqüências de hospedeiros envolvendo roedores e gatos. O protozoário é ingerido pelo roedor, onde forma cistos em todo o corpo, particularmente no cérebro. O roedor é comido pelo gato, onde o organismo toxoplasma se reproduz. O gato descarta o parasita através das fezes que, em um desses ciclos de vida, são beliscadas por roedores. Todo esse panorama depende da especificidade: gatos são a única espécie onde o toxoplasma pode se reproduzir e se disseminar. Portanto, o toxoplasma não gostaria que seu portador fosse abatido por um falcão ou que as fezes de seu gato fossem ingeridas por um inseto que vive no esterco. Imagine você, o parasita pode infectar todos os tipos de outras espécies; mas precisa sempre se introduzir em um gato se o intento for a reprodução.

Esse potencial de infestar outras espécies é o motivo da recomendação em todos os livros para mulheres grávidas. Aconselha-se a banir o gato e sua bandeja sanitária de casa e a não se fazer jardinagem se houver gatos na vizinhança. Se um toxoplasma contido nas fezes de um gato infectar uma grávida, ele pode entrar no feto e potencialmente causar comprometimento neurológico. Mulheres grávidas e bem informadas ficam inquietas com a proximidade de gatos. Roedores infectados por toxoplasma, todavia, apresentam reação inversa. A habilidade extraordinária do parasita faz com que os roedores percam a aflição.

Todos os roedores evitam gatos ? comportamento que etologistas designam como um padrão de ação fixa, onde o roedor não desenvolve aversão por tentativa e erro (uma vez que não existem mesmo tantas oportunidades de aprender com os próprios erros perto de gatos). Ao contrário, a fobia a felinos é monitorada à distância e alcançada através da olfação, feromônios e sinalizadores químicos por odor, liberados pelos animais. Roedores instintivamente fogem do cheiro de gatos ? mesmo aqueles que nunca viram um gato na vida, como os descendentes de centenas de gerações de animais de laboratório. Exceto os roedores infectados pelo toxoplasma. Como foi demonstrado por Berdoy e seu grupo, esses roedores perdem, seletivamente, a aversão e o medo dos feromônios de gatos.
Esse não é um caso genérico de parasita se infiltrando na cabeça de um hospedeiro intermediário, tornando-o desmiolado e vulnerável. Tudo parece permanecer bem intacto nos roedores. O status social do animal não muda em sua hierarquia de domínio e ele ainda se interessa pela cópula e, portanto, de fato, nos feromônios do sexo oposto. Os roedores infectados podem ainda distinguir outros odores. Eles somente não rechaçam os feromônios de gatos. Isto é espantoso. É como alguém infectado por um parasita cerebral que não causa efeito algum, seja nos pensamentos, emoções, escores SAT ou preferências televisivas mas que, para completar seu ciclo de vida, provoca uma necessidade urgentíssima de ir ao zoológico, pular a cerca e tentar um beijo de língua no urso polar mais bravo. Uma atração fatal induzida por parasita, é como o grupo de Berdoy intitulou o ensaio.

Obviamente, uma pesquisa mais abrangente é necessária. Menciono isso porque essa descoberta é intrinsecamente tão arrojada, que alguém precisa saber como funciona. E porque ? permita-me um momento Stephen Jay Gould ? fornece uma evidência ainda maior de que a evolução é extraordinária. Extraordinária por caminhos contra-intuitivos. Muitos de nós mantemos a idéia profundamente arraigada de que a evolução é direcional e progressiva: invertebrados são mais primitivos que vertebrados, mamíferos são os vertebrados mais evoluídos, primatas são mamíferos com melhor seleção genética, e assim por diante. Alguns dos meus melhores alunos sempre caem nessa, não importando o quanto eu bata na mesma tecla durante as aulas.

Se você comprar essa idéia, além de errado, estará próximo da filosofia que tem, também, direcionado a evolução dos humanos, partindo do princípio de que os europeus do norte são os que mais desenvolveram paladar para Schnitzel e passo de ganso.

Lembre-se, então, que existem criaturas que podem controlar cérebros. Organismos microscópicos e até maiores, mais poderosos que o Grande Irmão e, sim, que os neurocientistas. A reflexão ao lado da poça no meio-fio levou-me à conclusão oposta àquela alcançada por Narciso em sua reflexão diante da água. Precisamos de humildade filogenética. Não somos, certamente, a espécie mais desenvolvida do pedaço, tampouco a menos vulnerável. Nem a mais esperta.

Clube CNC Brasil

Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #13 Online: 18/02/11 - 12:06 »

ecarmo

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Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #14 Online: 24/02/11 - 22:08 »
O Fim da era dos Ônibus Espaciais - O ultimo vôo Discovery .



Com mais de 100 dias de atraso devido a falhas no sistema de combustível líquido, o ônibus espacial Discovery será lançado na noite desta quinta-feira rumo à Estação Espacial Internacional. Além de uma série de equipamentos que serão levados à ISS, a missão também marca o fim dos voos da nave Discovery.

Essa será a 39º viagem do Discovery e a 13º com destino à Estação Espacial Internacional, ISS. A bordo, a tripulação é composta por seis astronautas que permanecerão 11 dias no espaço com o objetivo principal de entregar à ISS o Módulo Permanente Multiuso (PMM), que permitirá aos astronautas realizarem experimentos de física de fluidos, biologia e biotecnologia.

A missão STS-133 também deverá levar á ISS uma série de peças de reposição consideradas críticas, além de transportar uma nova plataforma - Express ELC4 - que permitirá prender equipamentos experimentais de grande porte do lado externo do complexo orbital.

LDIR
Além dos módulos e componentes, o Discovery também transporta o módulo LDIR (Laser Dragoneye Imaging Detection and Ranging), um sistema de navegação de última geração operado por laser, que guiará a futura nave de carga Dragon durante a aproximação da Estação Espacial.

Discovery
O Discovery fez sua primeira missão espacial há 26 anos é o mais antigo ônibus da frota atual da Nasa, ao lado do Endeavour e do Atlantis. Até o final do ano todos estarão fora de circulação. A partir de 2012, as viagens até a Estação Espacial Internacional deverão ficar inicialmente nas mãos dos russos.

O ônibus espacial Atlantis encerrou sua participação em maio de 2010 depois de 25 anos de trabalho. Já o Endeavour ainda realizará mais uma missão, a STS-134.

O voo da missão STS-133 será o último do ônibus Discovery. A nave foi construída entre 1979 e 1983 e desde que foi lançado em 1984, orbitou a Terra por mais de 5500 vezes, percorrendo mais de 230 milhões de quilômetros durante os 351 dias e 17 horas que permaneceu no espaço.

Clube CNC Brasil

Re: Ciências e Tecnologia
« Resposta #14 Online: 24/02/11 - 22:08 »

 

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